Penny Dredful, ou "Centavos de Terror"

   Hoje, dia 29/06 sai o último episódio da primeira temporada de Penny Dreadful. Para quem não sabe, é uma série de terror e fantasia, mas não é apenas por isso que meus comentários e recomendações surgiram, mas por três motivos e talvez muitos outros que apareceram com o decorrer das temporadas e esses são: Dr. Frankstein, Van Helsing e Dorian Gray.

Elenco principal. Reparem no ar misterioso
e fotografia

   De início parece loucura, unir três personagens além de vampiros, lobisomens, demônios e diversos outros fatores em uma mesma série, talvez até mesmo infantil e ainda podem dizer "Já existe a Liga Extraordinária", mas a série em si é adulta e muito interessante. Os personagens são profundos e a cada episódio, você se pergunta cada vez mais para onde o enredo está indo.
   Então, o que mais comemorativo do que um post no blog?
   Primeiramente, uma sinopse simples:

"Ethan Chandler, Vanessa Ives e Sir Malcolm vivem nos cantos obscuros da Londres vitoriana, ambiente que conta com as presenças de ícones do terror como Dr. Frankenstein, Dorian Grey, Drácula e companhia."

   Talvez a primeira pergunta que surja é: Por que Penny Dreadful? Sim, é um nome peculiar. O mesmo se é devido que na Inglaterra do século 19 eram vendidas publicações de terror e ficção. As mesmas custavam um centavo e tinham como apelido "centavos de terror" logo Penny Dreadful.
   Todo o enredo já te compra pelo incrível elenco, com Eva Green em um dos papeis principais, além de Timothy Dalton, que muitos devem lembrá-lo por 007. E mesmo que Billie Piper não tenha um papel de uma personagem de atenção, é uma atriz digna de nota. Eu poderia continuar me prolongando por todo esse papo, mas vamos ao que interessa. O enredo.
   A série se inicia de modo bem diferente, com nosso Chandler trabalhando em um tipo de "entretenimento itinerante" enquanto nossa querida Vanessa Ives o observa, nesses primeiros minutos você mal liga pelo o que está acontecendo. Você fica: "Ok, ele é bom em alvos" e nada mais. Mas então se iniciam os diálogos e os personagens começam a surgir, apenas te deixando curioso por mais. O episódio piloto não te dá respostas, apenas perguntas prometendo serem respondidas com o decorrer da temporada e esse é um ponto interessante que o faz ansiar por mais.

Uma das minhas cenas preferidas com Eva Green

   O interessante é não ser apenas uma história que liga personagens diversos com um mesmo propósito como vimos em Liga Extraordinária de 2003, mas além disso, em uma série se tem tempo de desenvolver cada personagem. O roteirista não se atém apenas ao motivo de ter juntado esses personagens diversos, mas também em narrar a história de cada um.

   
   Serei sincero em dizer que não li O Retrato de Dorian Gray ou Frankstein, mas sei e conheço muito bem essas histórias para poder dizer que estão sendo muito bem elaboradas. Drácula é outra história, eu o conheço o bastante, li parte de seu livro e pesquisei bastante. Até esse ponto, não tem aquele famoso Drácula de Bela Lugosi, mas um ser muito mais sinistro. Algo mais próximo de um monstros do que um ser humano com glamour e mistério, não sei se trarão algo assim com o decorrer das temporadas, mas vemos algo ligado a uma cultura antiga, a egípcia.

Tantos quadros e nenhum seu, Sr. Gray

   Talvez eu esteja me prolongando demais, mas continuemos.
   Mesmo que esse Drácula que apresentam não seja o mesmo que muitos conhecem, não modifica em nada o entretenimento que te passa. Além disso, vemos um fator muito diferente, espíritos e possessões demoníacas. Pararei por aqui, mas acho que já deixei um pouco do gostinho da série para vocês.
   Outro detalhe interessante é todo o cenário da antiga Londres, a névoa nas ruas estreitas te faz lembrar de histórias de assassinos como Jack, o estripador e outros. E acho que nem preciso falar sobre o figurino. 
   Todos sabemos que Londres, mesmo sendo bela, não era uma cidade limpa em todos os seus cantos e essa dualidade é bem aparente com as cenas, as quais tem uma bela fotografia. Outro detalhe que devo dizer amar são as falas e diálogos, existem tantos que seria dificil escolher um em si. 
   É poético e sombrio, por isso recomendo.
   Agora fiquem com a introdução da série, a qual devo dizer ser uma das minhas preferidas que já tive a oportunidade de ver, depois de True Blood.

  Penny Dreadful é uma produção da Showtime e no Brasil está sendo transmitida pelo canal HBO.

  Obrigado por ler.