O Pesadelo de qualquer escritor
Misery, também conhecido como Louca Obsessão, é um livro
escrito por Stephen King, que escreveu Carrie, a estranha, O Iluminado, Torre
Negra, entre outros.
A história segue o personagem Paul Sheldon, escritor que
terminou a saga com a sua ingênua heroína, Misery Chainstain, e que acabou de
terminar seu novo livro, Carros Velozes. O livro se inicia com ele acordando do
coma na casa de Annie Wilkes, sua fã número um.

Filme e livro mesmo contendo a mesma história tem dois lados
muito interessantes, enquanto o livro foca em Paul e em sua loucura por
permanecer em um quarto escrevendo uma história que não deseja (mas por um lado
se torna o melhor livro dele), o filme mostra o que acontece do lado de fora da
casa.
Talvez o que mais valha a pena em relação ao filme, seja a
atuação incrível de Kathy Bates, que consegue ser doce e amável e até fazer
você pensar “Ela não pode ser má”, mas que em um segundo, te faz sentir o medo
na pele.
Comparando ambas as histórias, o que vemos no filme, mesmo
sendo cenas muito tensas fazendo o telespectador suar frio e sentir o medo que
Paul sente, acaba se tornando uma história para criança comparada ao que se
passa no livro.
Stephen consegue traçar a loucura que surge aos poucos na
cabeça de Paul devido ao cativeiro e ainda fazer o leitor sofrer com o que
Annie é capaz de fazer.
Annie, ao passar do livro, se mostra uma personagem com
diversos problemas mentais, uma psicopata para resumir, mas mesmo prendendo
Paul e o obrigando a escrever um retorno da morte de
Misery, se torna quase
inacreditável que ela possa machucar a sua “galinha dos ovos de ouro”.
Quando e o que ela faz, assusta o leitor e o faz “gritar”
junto de Paul.
Raramente o livro sai da relação Annie e Paul e isso trás
uma sensação de caustrofobia, trazendo perguntas como “E ninguém o está
procurando? Tanto tempo assim?”, que apenas é respondida bem para frente do
desenvolvimento da história.

Li exatamente três livros, além de Misery, do escritor e
nenhum deles conseguiu me fazer ficar tão nervoso, a ponto de eu ler 100
páginas em uma manhã para terminar logo o livro.
As sequelas do Paul no livro, o seu medo e como a última
frase parece tornar tudo mais real, como se ele finalmente tivesse escrito
aquele livro e que na verdade o autor de Misery fosse Paul Sheldon e não
Stephen King, é o mais impressionante, colocando o leitor em choque.
Stephen King, novamente (como em O Iluminado), mostrou que
não é necessário telecinese, monstros na névoa ou ciganos para se fazer um
terror digno de fazer você imaginar que Annie Wilkes está agora atrás de você,
com um machado, pronta para atacar.
Eu já havia visto o filme anos atrás e não imaginei que
lendo uma mesma história, faria com que meu coração ficasse a mil.
Ambas as mídias são geniais e conseguem te colocar aflição.
King é o tipo de escritor, que mesmo que veja a adaptação do livro, você vai
suspirar e gritar de horror quando ler.
Nenhum comentário:
Postar um comentário